Assinala-se este sábado, 18 de fevereiro, o Dia Internacional da Síndrome do Asperger, uma perturbação neurocomportamental de base genética, que se manifesta no desenvolvimento social, comportamental e comunicacional.

A Síndrome de Asperger enquadra-se no espetro do autismo e afeta o modo como a pessoa, criança ou jovem, comunica e se relaciona com os outros. Esta é, de resto, a base do seu diagnóstico, já que apesar de ser uma disfunção com origem num funcionamento cerebral particular, não existe um marcador biológico que a defina.

Além daquelas dificuldades, caracteriza-se por dificuldades ao nível do pensamento abstrato e na empatia com o outro, pela rigidez de pensamento, interpretação literal da linguagem e peculiaridades no discurso ou comportamentos rotineiros ou repetitivos. As pessoas que sofrem desta síndrome têm também, muitas vezes, interesses limitados e especiais, hipersensibilidade aos estímulos sensoriais e descoordenação motora.

Os sintomas costumam revelar-se a partir dos três anos e, apesar de serem os mesmos em ambos os sexos, tendem a passar mais despercebidos nas raparigas, por ainda se associarem comportamentos de isolamento, dificuldades de sociabilidade e timidez à condição feminina, segundo revela Patrícia de Sousa, diretora clínica da Casa Grande da Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA), à revista ‘Prevenir’.

A associação estima que, em 2016, existissem em Portugal 40 mil pessoas com Síndrome de Asperger.

No seu site, é possível assistir a alguns vídeos com testemunhos de pessoas que sofrem desta perturbação.

Numa entrevista à Notícias Magazine, que pode ler aqui, Bernardo Barahona Corrêa, psiquiatra e diretor científico do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil (CADin), investigador da Fundação Champalimaud e professor assistente da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, explica quais as principais manifestações desta síndrome, as diferenças em relaçãoo ao autismo e os desafios de quem com ela vive ao entrar na idade adulta.